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Policlínica Estadual de Posse realiza palestra sobre direitos de pacientes com deficiência auditiva e visual

Ação reforçou a importância da acessibilidade e da conscientização sobre garantias legais de pessoas com surdez e cegueira

Palestra sobre direitos e acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva e visual na Policlínica Estadual da Região Nordeste II.

Assistente social conduziu a palestra e convidou a comunidade a refletir sobre a importância da audição e da visão no cotidiano. (Foto: IMED)


Policlínica Estadual da Região Nordeste II - Posse, unidade do Governo de Goiás administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), promoveu uma palestra dedicada aos direitos das pessoas com deficiência auditiva e visual. A iniciativa visou conscientizar usuários e colaboradores sobre garantias legais e práticas de acessibilidade ainda pouco conhecidas pela população.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o Brasil tem cerca de 14,4 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 7,3% da população com dois anos ou mais. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 2,2 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva e aproximadamente 10 milhões têm deficiência visual.

Durante a ação, a assistente social da unidade, Irani Monsueth convidou o público a refletir sobre a importância da audição e da visão no cotidiano, estimulando a percepção do ambiente ao redor. “O que vocês estão ouvindo agora? O que vocês estão vendo à sua volta? Percebem a riqueza e o privilégio que é poder ouvir e enxergar? Que essa reflexão nos lembre da importância de garantir direitos e acessibilidade para quem não tem essas mesmas facilidades”, destacou ela.

Direitos das pessoas com surdez e cegueira

A palestra detalhou diversos direitos fundamentais assegurados por lei às pessoas com surdez e cegueira, reforçando a urgência de promover inclusão em diferentes áreas. No âmbito da acessibilidade, Irani explicou que “pessoas surdas têm direito ao uso de Libras em serviços públicos como escolas, hospitais e demais repartições, enquanto pessoas cegas devem ter acesso a materiais em braile, audiodescrição, leitura acessível, bengala, cão-guia e tecnologias assistivas”.

Na área da saúde, a assistente social ressaltou que “o atendimento deve garantir comunicação adequada, com intérprete de Libras quando necessário, além de informações verbais claras para pessoas com deficiência visual e acompanhamento multiprofissional”. Ela acrescentou ainda que, no mercado de trabalho, empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas a contratar pessoas com deficiência e oferecer adaptações razoáveis, como softwares leitores de tela, comunicação acessível e treinamentos adaptados.

Outros pontos abordados incluíram direitos relacionados à educação, transporte e mobilidade urbana, reforçando que informação e comunicação devem ser plenamente acessíveis. A iniciativa reforça o compromisso da Policlínica Estadual de Posse com a inclusão, a conscientização e o atendimento humanizado, garantindo que toda a população tenha acesso a informações essenciais para o exercício pleno de seus direitos.

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