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XVIII CEN: “POLARIZAÇÃO É A CONCRETIZAÇÃO ATUAL DA INDIFERENÇA”, DESTACA DOM JOEL

O bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, conduziu uma das catequeses públicas do XVIII Congresso Eucarístico Nacional, que ocorre no Recife até terça-feira, 15 de novembro. Dom Joel abordou o tema "Eucaristia e unidade em tempos de polarização"



Em entrevista à Rede Vida de Televisão, dom Joel destacou que "a polarização é a concretização atual da indiferença". Citando o tema do Congresso Eucarístico, ele resumiu a reflexão apresentada ao público presente no Centro de Convenções de Pernambuco: "Pão em todas as mesas é um convite a não ser indiferente ao sofrimento dos outros".

E essa superação da indiferença proposta no Congresso Eucarístico Nacional pode ser luz para as reflexões e iniciativas da Campanha da Fraternidade de 2023.

"'Pão em todas as mesas', como? [A resposta é o] lema da Campanha da Fraternidade: 'Dai-lhes vós mesmos de comer'. Cabe às comunidades acrescentar aquilo que é próprio no seu local, da sua região. A concretização – essa tem sido uma orientação nos três últimos anos – fica por conta de cada comunidade", disse dom Joel, motivando a mobilização local em vista de ações da CF 2023.

Gesto Concreto

O XVIII Congresso Eucarístico Nacional  terá como legado a inauguração da Casa do Pão, que funcionará na antiga Casa de Misericórdia, localizada no centro da capital pernambucana. Ali serão ofertados serviços como lavanderia, enfermaria, capela; além de atividades como padaria, atendimentos jurídico, médico, psicológico, grupos de apoio e oficinas profissionalizantes.

"Casa do pão é um gesto concreto do Congresso Eucarístico que deve iluminar o agir da Campanha da Fraternidade do ano que vem com muitas outras iniciativas que podem ser semelhantes ou não, desde que voltadas para o tema da fome", comentou dom Joel.

"É, sem dúvida, um grande legado, como foi, por exemplo, no Congresso Eucarístico do Rio de Janeiro, que dom Helder dizia, eu não faço um monumento de cimento, aí ele criou o Banco da Providência, a Feira da Providência. Aqui também vão ficar muitas lembranças, mas vai ficar uma grande obra de solidariedade", disse.

Entrevista: Andréa Bonatelli/Rede Vida
Fotos: Osmar/Comunicação 18º CEN

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