Defensor da federalização dos presídios, o governador Marconi Perillo (PSDB), vai ter que se contentar com os recursos repassados pelo Governo Federal. Ontem (18), foram anunciados mais de R$ 7,3 milhões para serem investidos nos presídios goianos, via Ministério da Justiça
O portal torce para que o montante seja bem aproveitado, porque em quase duas décadas de gestão abandono e superlotação dão o tom dos presídios locais. Em 2011, o governo, por exemplo, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Goiás (MP/GO) para melhorar as condições das penitenciárias goianas, como lembrou o jornal Correio Braziliense em reportagem nesta semana.
Em ano, três unidades prisionais deveriam ser construídas: Águas Lindas, Novo Gama e Formosa. Até agora, nenhuma saiu do papel. Além disso, o TAC previa a aquisição de armas e a contratação de servidores.
O Correio percorreu cinco cidades do Entorno e entrou em dois cárceres - o de Águas Lindas e o de Planaltina de Goiás - para constatar a situação de abandono dos locais pelo Governo Marconi. Segundo a reportagem, o improviso domina. Casarões viraram presídios, antigas delegacias foram adaptadas para se tornar cadeias e velhos postos policiais deram lugar às celas.
“O que chama atenção é que o Entorno é região abandonada pelo governo de Goiás, que encara como se o DF fosse o responsável, mas a responsabilidade é de Goiás”, observa o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Gilson Dipp, em entrevista ao jornal.
Veja a reportagem do jornal aqui.