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Meta mais rigorosa quer erradicar o Aedes aegypt

A Secretaria da Saúde (SES) passou a adotar parâmetros mais rigorosos para classificação dos índices de proliferação do mosquito Aedes aegypt, transmissor de doenças que estão preocupando, como a dengue, chikungunya e zika vírus, entre outras, que têm avançado em Goiás por conta do período chuvoso

Com a intenção de promover a completa erradicação do mosquito transmissor, assim como foi feito em 1955, o secretário Leonardo Vilela explicou a mudança que foi adotada nos parâmetros de classificação de risco em solo goiano.



Antes, o controle dos focos era feito por meio de um levantamento rápido, com base em uma metodologia padronizada em todo o Brasil pelo Ministério da Saúde chamado Índice Rápido para o Aedes aegypti (Lira). Nessa metodologia, municípios com índices menores que 1% das residências que tinham foco do mosquito eram considerados de baixo risco.

Agora, com a mudança, em Goiás apenas serão considerados municípios de baixo risco aqueles que apresentarem índice zero de criadouros do mosquito. “Estamos tornando a nossa meta mais difícil para que nos empenhemos na erradicação desse vetor”, declarou o secretário. Leonardo Vilela reuniu a imprensa na manhã desta quarta-feira, dia 13, na sala de situação do Conecta SUS, para falar sobre o assunto. De 0,01% a 3,99% são considerados municípios de médio risco, e acima de 4% já é de alto risco.

Goiás contra a dengue
Nesta semana está em conclusão a força-tarefa em 73 municípios goianos que está visitando todos os domicílios. “Estamos levando informações e combatendo os focos do mosquito transmissor, em um trabalho de educação constante e parceria com a comunidade. Estamos satisfeitos por ver que os prefeitos, secretários municipais de saúde e a população em geral está envolvida com o combate aos focos do mosquito”, declarou Leonardo Vilela.
O secretário Leonardo Vilela explica como serão as visitas aos lares. Foto: SES

Até esta quarta-feira, a força-tarefa estava direcionada a 104 municípios goianos, e outros 88 terão início na penúltima semana de janeiro. “Até o dia 31 de janeiro, nossa meta é visitar todos os 3,120 milhões de domicílios goianos”, declarou Vilela. Dos 73 municípios visitados até o momento, foram encontrados mais de 4% de focos do mosquito, o que significa que a cada cem domicílios visitados mais de quatro apresentaram ambientes de proliferação. “Esse índice é considerado grave”, comentou.

Essas visitas a todos os municípios acontecerão em outras três etapas, tendo início o segundo ciclo dia 29 de fevereiro, o terceiro até 30 de abril e o quarto e último ciclo até 30 de junho, quando se encerra o período chuvoso. “Com isso, cada domicílio vai receber quatro visitas dos agentes de saúde, em um trabalho reforçado de erradicação dos focos”, declarou Leonardo Vilela.

Números
Goiás registrou, em 2015, 189.030 casos de dengue, com 81 óbitos; 147 casos de chikungunya e 81 casos suspeitos de zika vírus, sendo cinco deles confirmados; 8 casos de microcefalia relacionada ao zika vírus e 51 ocorrências de Guillan-Barré.

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